CRONOLOGIA DA GUERRA NO ULTRAMAR - DE 1961 A 1974

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A Guerra em Angola, Moçambique e Guiné.

1962

Guerrilheiros da Frelimo

Guerrilheiros da Frelimo.

 

Janeiro

 1 Ataque ao quartel de Beja dirigido por Varela Gomes, no âmbito de um movimento militar que não teve êxito.
Constituição, em Dar-es-Salam, do Comité de Unificação dos Movimentos Nacionalistas de Moçambique.
 3 Estabelecimento, em Lisboa, de um governo do Estado da índia.
15 Portugal abandona a Assembleia-geral da ONU, em virtude do debate sobre Angola.
27 Acordo entre Portugal e a União Indiana para o repatriamento de mais de três mil prisioneiros
30 Resolução da Assembleia-geral da ONU, reprovando a repressão e acção armada desencadeada por Portugal contra o povo angolano, reafirmando o direito deste à autodeterminação e independência
31 Manifestação no Porto com gritos de ordem contra guerra colonial, o que acontece pela primeira vez

Fevereiro

Criação da Missão de Estudos Económicos do Ultramar

 2

Marcelo Caetano preconiza uma modificação constitucional com vista a transformar o Estado unitário em Estado Federal

Março

Abertura de negociações entre Portugal e a África do Sul sobre um projecto de aproveitamento do rio Cunene
Fim da guerra da Argélia
Constituição, por intelectuais portugueses naturais ou residentes em Angola, da Frente Unida Angolana (FUA), de apoio ao MPLA
 2 Criação de uma organização de voluntários de carácter permanente em cada um dos territórios coloniais
 3 Reivindicação, pela UPA, em Leopoldville, da prisão e execução de um destacamento do MPLA
12 Início das emissões da Rádio Portugal Livre, a partir da Argélia
13

Prisão, em Bissau, pela PIDE, dos dirigentes do PAIGC, Rafael Barbosa e Fernando Fortes

Cada do Comité dos Sete da ONU ao Governo português solicitando informação sobre as condições de uma visita do Comité aos territórios sob administração portuguesa
18

Deslocação a Lisboa do governador-geral de Moçambique, almirante Sarmento Rodrigues, por causa de actividades secessionistas de colonos da Beira

23 Resposta do Governo português à carta do Comité dos Sete da ONU recusando a visita do Comité aos territórios sobre administração portuguesa
24 Proibição, pelo Governo, das celebrações do Dia do Estudante, abrindo-se a crise académica
27

Constituição da FNLA, a partir da UPA e do PDA

Abril

 5 Formação do GRAE (Governo Revolucionário de Angola no Exílio) pela FNLA
 6

Greve da Universidade de Lisboa

12 Remodelação ministerial, com Gomes de Araújo a substituir Salazar na Defesa Nacional, Joaquim da Luz Cunha a substituir Mário Silva no Exército e Peixoto Correia a substituir Adriano Moreira no Ultramar
Agitação nas universidades – luto académico
27 Aprovação do Código do Trabalho Rural para o Ultramar

Maio

Evasão de Lisboa, onde tinha residência fixa, de Agostinho Neto
 1 Repressão de manifestações de rua em Lisboa com palavras de ordem contra a guerra colonial, de que resulta um morto e várias dezenas de feridos
22 Chegada a Lisboa dos primeiros prisioneiros portugueses da índia, a bordo do navio Vera Cruz

Junho 

Apresentação, por Amílcar Cabral, perante a Comissão da ONU para os territórios administrados por Portugal, de um relatório intitulado «O Nosso Povo, o Governo Português e a ONU».
14 Criação de um Centro de Instrução em Zemba (CI 21) para formar as primeiras unidades de comandos
25 Criação da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), presidida por Eduardo Mondlane

Julho 

Entrada em funcionamento da base de Kinkusu, atribuída pelo Governo do Congo-Leopoldville à UPA
Condenação, em Luanda, dos escritores António Jacinto, António Cardoso e José Graça (Luandino Vieira) a 14 anos de prisão por «actividades contra a segurança exterior do Estado»
 5 Independência da Argélia

Agosto

Recomendação da Conferência de Ministros dos Negócios Estrangeiros da OUA reunida em Dacar para o reconhecimento do GRAE de Holden Roberto

Setembro

Fundação, em Dacar, da Frente de Libertação Nacional da Guiné (FLING)
 1 Petição ao presidente da República, por um grupo de personalidades da oposição, reclamando a demissão de Salazar e uma modificação na política ultramarina
23 Início do I Congresso da Frelimo em Dar-es-Salam
24 Demissão de Venâncio Deslandes dos cargos de governador-geral e comandante-chefe de Angola, na sequência de divergências com o ministro do UItramar, Adriano Moreira, por questões de autonomia política e administrativa do território

Outubro

 24 Recepção de Kennedy a Franco Nogueira

Novembro

Fim da secessão do Catanga e Cassai, que são reintegrados no Congo-Leopoldville
15 Carta de Viriato da Cruz aos elementos do MPLA, manifestando-se contra Agostinho Neto
23 Depoimento de Eduardo Mondlane, em nome da Frelìmo, perante o Comité Especial da ONU para os territórios administrados por Portugal

Dezembro

Apresentação na ONU do plano «U Thant» para unificação do Congo, para solucionar a questão da secessão do Katanga
Declarações de David Mabunda, secretário-geral da Frelimo, no Cairo, segundo as quais seria inevitável nova guerra, como em Angola, se Portugal não tomasse medidas imediatas para garantir a autodeterminação de Moçambique
 1 Negociações, em Paris, de Sócrates Deskalos, presidente da Frente Unida Angolana (FUA), para abrir um novo quartel-general no Congo e para colaborar com a UPA e MPLA
Início do I Congresso do MPLA em Leopoldville, com Agostinho Neto na presidência e Mário de Andrade na vice-presidência, sendo elementos da Comissão Governativa P. Domingos da Silva, Matias Miguéis, Manuel Lima e Sócrates Daskalos
 3 Remodelação ministerial, com a entrada de Gomes de Araújo para ministro da Defesa, de Luz Cunha para ministro do Exército, de Peixoto Correia para o Ultramar e de Francisco Chagas para secretário de Estado da Aeronáutica
12 Aprovação de uma moção na ONU recomendando um programa especial de assistência técnica para educação e treino de dirigentes nacionalistas dos territórios sob administração portuguesa
13 Apresentação de Amílcar Cabral na Comissão de Curadorias da ONU como representante do PAIGC
14 Resolução da Assembleia-geral da ONU sobre Angola, condenando a atitude de Portugal, pedindo o reconhecimento imediato do direito dos povos não autónomos à autodeterminação e independência e a cessação imediata de todos os actos de repressão
18 Resolução da Assembleia-geral da ONU, reafirmando o inalienável direito do povo de Angola à autodeterminação e independência, condenando a guerra colonial conduzida por Portugal e requerendo ao Conselho de Segurança as medidas adequadas
19 Início da Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas, que funda a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN)
28 Depoimento de Holden Roberto, líder da UPA, perante a comissão especial da ONU

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