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Aveiro
(D. Maria Guadalupe de Lencastre, 6.ª duquesa de).
n.
1630.
f. 7 de fevereiro de 1715.
Nasceu
em Azeitão, em 1630, faleceu a 7 de fevereiro de 1715. Era filha de
D. Jorge de Lencastre, filho primogénito do 3.º duque de Aveiro,
D. Álvaro, a de sua mulher a prima, D. Juliana de Lencastre.
Tendo
sido confiscada a casa de Aveiro a seu irmão D. Raimundo, 4.º
duque deste título, sua mãe, a marquesa de Torres Novas, viúva,
teve ordem de sair do reino, a sua filha D. Maria Guadalupe
acompanhou-a para Castela. Apareceram alguns fidalgos a opor-se à
sentença de confiscação, a entre estes D. Pedro, seu irmão, que
depois de longa contenda, conseguiu vencer, a por isso veio a ser o
5.° duque Aveiro. D. Maria Guadalupe casou em Espanha, no ano de
1665, com o fidalgo castelhano, D. Manuel Ponce de Leon, que veio a
ser o 6.º duque dos Arcos. Nas escrituras havia-se estipulado, que
as casas dos Arcos e de Aveiro deveriam sempre ficar separadas,
ficando o filho primogénito com o ducado que escolhesse, sendo o
outro para o filho segundo. Quando faleceu o duque D. Raimundo a se
estabeleceu a paz entre Espanha e Portugal, D. Maria Guadalupe
tratou de suceder na casa de seus avós, e mandou a Lisboa, como seu
procurador, D. João Carlos Baçan, notável jurisconsulto, que
apresentou um libelo contra o inquisidor-geral, D. Pedro de
Lencastre, que era então o 5.º duque de Aveiro, como dissemos, e
estava de posse do ducado e mais estados e comendas desta casa.
Apareceram, como opositores, D. Agostinho de Lencastre, marquês de
Valdefuentes, filho de D. Afonso, marquês de Porto Seguro, o filho
primogénito de D. Maria Guadalupe, D. Joaquim Ponce de Leon, e os
procuradores da coroa e fazenda real. D. Pedro faleceu em 1673, e a
demanda continuou, até que ficou decidida a 20 de outubro de 1679,
a favor de D. Maria Guadalupe, com a condição porém, de que não
tomaria posse do estado e casa sem primeiro voltar a Portugal, a
assentar aqui sua residência definitiva, prestando a devida
vassalagem ao monarca português. Apesar dos embargos que sofreu
ainda, a sentença foi confirmada, sendo a casa de Aveiro entregue a
um administrador nomeado pelo rei de Portugal. Desejando D. Maria
Guadalupe voltar com seu filho à pátria, e não podendo vencer a
oposição do marido, separou-se dele judicialmente, para vir tomar
posse da casa de Aveiro de que foi a 6.ª duquesa. Sendo já viúva,
cedeu a casa a seu segundo filho, D. Gabriel, e depois da sua morte,
seu irmão mais velho, duque dos Arcos, ratificou aquela cedência.
V.
Aveiro (D. Gabriel, etc. 7.° duque de).
Genealogia
da 6.ª duquesa de Aveiro
Geneall.pt
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