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             Carlos
            I
            (D.) 32.° rei de Portugal. 
              
            
            n.       
            28 de setembro de 1863. 
            f.        [ 1 de fevereiro de
            1908 ].
            
            Nasceu
            em Lisboa a 28 de setembro de 1863, sendo baptizado ria igreja de S.
            Domingos em 19 de outubro do mesmo ano. É filho primogénito do rei
            D. Luís I e da rainha senhora D. Maria Pia de Sabóia; neto paterno
            de D. Fernando de SaxeCoburgo-Gotha e da rainha D. Maria II; neto
            materno do rei de Itália Vítor Manuel. O seu nome completo é:
            Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga
            Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon
            Saxe-Coburgo-Gotha. 
            Sendo
            ainda príncipe herdeiro casou em Lisboa, a 22 de maio de 1886, com
            a princesa senhora D. Maria Amélia Luísa Helena de Orléans, filha
            de Luís Filipe Alberto, conde de Paris, e neta de Luís Filipe, rei
            de França. Antes do casamento empreendeu uma viagem pelas
            principais cidades da Europa, acompanhado pelo eminente homem de ciência
            António Augusto de Aguiar, seu preceptor. Por motivo das últimas
            viagens do rei D. Luís I ao estrangeiro, ficou regente do reino várias
            vezes, sendo as suas proclamações datadas de 27 de julho de 1882,
            2 de agosto de 1886 e 30 de julho de 1888. Por morte do mesmo
            monarca subiu ao trono em 19 de outubro de 1889, sendo aclamado, com
            todo o cerimonial do estilo, a 28 de dezembro do referido ano. Do
            seu consórcio existem dois filhos: S. A. real o príncipe D. Luís
            Filipe e S. A. sereníssima o infante D. Manuel. Pouco depois do rei
            senhor D. Carlos haver subido ao trono, produziram-se graves
            acontecimentos, determinados pelo ultimato
            apresentado ao governo português, em 11 de janeiro de 1890,
            pelo gabinete de Londres acerca de limites territoriais em Africa. A
            enorme agitação que se deu em todo o país e que produziu a
            revolta militar do Porto, em 31 de janeiro de 1891, perturbou
            tristemente os princípios deste reinado. 
            Em
            11 de janeiro de 1891 instituiu s. m. o rei senhor D. Carlos a
            medalha de Serviços no
            Ultramar; em 9 de junho de 1892 a de Socorros
            a Náufragos; em 31
            de janeiro de 1893 a da Cruz;
            Vermelha; e em 23 de novembro de 1895 a da Rainha
            D. Amélia, para expedições militares. Em 4 de junho de 1896
            instituiu a Ordem do Mérito
            Agrícola e Industrial, destinada a galardoar os serviços
            prestados à agricultura ou à indústria nacional. Por alvará de
            13 de agosto de 1894 reformou a Ordem militar de S. Bento de Avis.
            Estas instituições de prémios e recompensas revelam um notável
            espírito de justiça da parte de s. m. o rei. 
            As
            vitórias na campanha de África, contra o Gungunhana e Namarrais, são
            dos factos que até agora mais ilustram o actual reinado. As celebrações
            dos centenários do infante D. Henrique, no Porto, e da Índia, em
            Lisboa, também se podem indicar entre os seus faustos. Igualmente,
            as visitas dos soberanos estrangeiros, depois da aliança inglesa, e
            o tratado de arbitragem com Inglaterra. Assinalam ainda os quinze
            anos decorridos a grande crise económica de 1898, um certo
            desenvolvimento das colónias, a ligação das ilhas dos Açores ao
            continente pelo cabo submarino; etc. 
            O
            rei
            senhor D. Carlos é justamente considerado uma individualidade artística,
            homem de ciência e habilíssimo em todos os exercícios físicos,
            tais como a caça, a pesca, equitação, etc. Espírito desde cedo
            muito culto, tem pelas belas artes a paixão dum verdadeiro artista,
            distinguindo-se especialmente na aguarela e no desenho a pastel. Em
            quase todas as exposições nacionais tem apresentado os seus
            apreciados quadros, alcançando as mais altas distinções. Ainda
            ultimamente, em 24 de janeiro de 1905, se dignou sua majestade
            aceitar o diploma de académico de mérito que lhe conferiu a
            Academia Portuense de Belas Artes. Seria difícil dar uma lista
            completa das medalhas e diplomas de honra que o Rei senhor D. Carlos
            tem recebido pelos seus trabalhos artísticos e científicos. Aos
            estudos oceanográficos tem sua majestade dedicado a mais particular
            atenção. 
            Os
            resultados dessas investigações receberam rasgados elogios de
            alguns sábios estrangeiros e constam dos quatro seguintes livros
            publicados: Iate "Amélia" – Campanha de 1896, Lisboa, 1897. Resultados das investigações
            cientificas feitas a bordo do iate "Amélia" e sob a direcção de D. Carlos
            de Bragança  Pescas marítimas – I – A pesca do atum no Algarve
            em 1898 (avec un resumé en français) –  Lisboa 1899. Buletin des
            Campagnes Scientifiques accomplies sur le yacht «Amelia» par D.
            Carlos de Bragança - Vol. I – Rapport préliminaire sur les
            Campagnes de 1896 à 1900 – Fascicule I – Introduction –
            Campagne de 1896 –  Lisbonne, 1902. Resultado das investigações
            cientificas feitas a bordo do iate "Amélia" e sob a direcção
            de D. Carlos de Bragança – Ictiologia – II – Esqualos
            obtidos nas costas de Portugal durante as campanhas de 1896 a 1903,
            (Texto em português e francês) Lisboa 1904. 
            
            
            
            
            
            
            
             
            
              
            
             
              
             
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