Portugal - Dicionário

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
O Portal da História Dicionário > António do Couto de Castelo Branco 

Castelo Branco (António do Couto de).

 

n.      8 de outubro de 1669.
f.       30 de abril de 1742.

 

Fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, comendador e alcaide-mor da de S. Tiago do Cacém, etc.

Nasceu em Lisboa a 8 de outubro de 1669, faleceu em Elvas a 30 de abril de 1742. Era filho de Luís do Couto Félix, fidalgo da Casa Real e guarda-mor da Torre do Tombo, e de D. Paula Josefa de Castelo Branco, filha de Manuel da Cunha Soares, moço fidalgo cavaleiro da Ordem de Cristo, e senhor do morgado do Zambujal.

Falava as línguas latina, francesa, italiana, tendo também bastante conhecimento da hebraica; jogava as armas com destreza. Como a sua vocação se inclinava para a milícia, aprendeu dedicadamente os preceitos da fortificação e da náutica. Foi capitão da nau N. Sr.ª do Bom Sucesso, em 20 de abril de 1697; capitão-de-mar-e-guerra em 11 de dezembro de 1703; mestre de campo de infantaria do regimento da praça de Chaves a 2 de maio de 1705; brigadeiro a 28 de abril de 1708, e sargento-mor de batalha a 13 de abril de 1738, que depois se chamou marechal de campo. Na guerra com a Espanha, no começo do século XVIII, distinguiu-se em todas as acções e batalhas em que entrou, como na restauração de Marvão, no sítio de Badajoz em 1705, na conquista de Cidade Rodrigo, etc. Na batalha de Almanza, a 25 de abril de 1707, ficou feito prisioneiro. Sendo restituído à liberdade e à pátria, foi nomeado inspector das ilhas dos Açores, e depois governador da praça de Elvas

Escreveu:

Memorias militares, pertencentes ao serviço da guerra assim terrestre como marítima, em que se contém as obrigações dos oficiais de infantaria, cavalaria, artilharia e engenheiros; insígnias que lhe tocam trazer; a forma de compor e conservar o campo; o modo de expugnar e defender as praças, etc. Amesterdão, 1719; Suplemento às Memorias militares, tomo II, Apontamentos das obrigações e praticas da guerra, Lisboa, 1731; Memorias e observações militares e politicas, tomo III; referem-se todas as operações militares e politicas de Portugal, que moveram a concluir uma liga com as coroas de França e Castela; sucessos da guerra em que entrou com, seus aliados, etc., Lisboa, 1710.

Na Biblioteca Lusitana, de Barbosa Machado, 1.º volume, pág. 254, vem a descrição dos outros volumes que compunham esta obra, e que não chegaram a imprimir-se. Deixou vários manuscritos cujos títulos se podem ver na referida Biblioteca.

 

 

 

Genealogia de António do Couto de Castelo Branco
Geneall.pt

A Batalha de Almanza nos Comentários de António do Couto Castelo Branco
O Portal da História

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume II, pág.
879

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral