|  |  |  | Castelo
            Melhor (D.
            João de Vasconcelos e Sousa Câmara Caminha Faro e Veiga, 12.º conde
            da Calheta e 5.º marquês de). 
            
            
               n.      
            13 de abril de 1836.f.        24 de dezembro de 1900.
   
            
            Reposteiro-mor vitalício da Casa Real (oficial-mor), par do reino,
            por carta régia de 16 de maio de 1874, mercê que não aceitou,
            etc.  
            
            Nasceu a 10 de novembro de 1841, faleceu de repente, em 20 de
            janeiro de 1878. Era filho do 4.º marquês de Castelo Melhor, António
            de Vasconcelos e Sousa, e de sua mulher, a marquesa D. Helena Luísa
            Xavier de Lima. Sucedeu na casa e no titulo de seu pai, e {falecendo
            sem sucessão legitima, ficou herdeira sua irmã, D. Helena de Vasconcelos
            e Sousa, que foi a 6.ª marquesa de Castelo Melhor.  
            
            Era muito dedicado à arte tauromáquica, e tomou parte em diversas
            touradas tanto em Lisboa como em outros pontos do país. Foi o
            iniciador da comissão tauromáquica permanente, e quando se
            inaugurou em 1865 na antiga praça do Campo de Santana,
            apresentou-se pela primeira vez a tourear na arena; obtendo um
            ruidoso sucesso. Em 1866 tornou a reaparecer na mesma praça. Depois
            entrou numa tourada em Torre Bela, na casa de D. Pedro de Portugal,
            e em outra na quinta das Varandas, nas Caldas. Em 1867 tornou a aparecer
            na praça do Campo de Santana, na corrida da comissão tauromáquica,
            e em 1868 na praça de Cascais. Anos mais tarde, em 1874, numa
            tourada em beneficio dos feridos espanhóis, tomou parte, depois de
            ser muito rogado pelos scus amigos.  
            
            O marquês de Castelo Melhor era um verdadeiro fidalgo; tinha amigos
            em todas as classes da sociedade; o rei D. Luís tinha por ele a
            maior dedicação; convidou-o para veador de sua majestade a rainha
            Senhora D. Maria Pia, mercê que não aceitou. Nunca ambicionou as
            glórias da política; génio cavalheiresco, espirito aventuroso,
            coragem indomável, lançou-se abertamente na vida tempestuosa,
            agitada, risonha, que dá as fortes comoções dos perigos e das
            alegrias inebriantes da vitória. Os perigos criou-os na arte tauromáquica,
            onde também alcançou viçosos louros de gloria. 
             
              
              
              
             Genealogia
            do 5.º marquês de Castelo MelhorGeneall.pt
  
              
              
           |    
           |  |  |  |