Portugal - Dicionário

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
O Portal da História Dicionário > José Augusto Correia de Barros

 

Correia de Barros (José Augusto).

 

n.       outubro de 1835.
f.        [ 1908 ].

 

Bacharel formado em Matemática pela Universidade de Coimbra, engenheiro, deputado, conselheiro, par do reino, administrador delegado do conselho administrativo das docas e caminhos de ferro peninsulares, inspector dos incêndios, escritor, jornalista, etc.

Nasceu no Porto em outubro de 1835.

É filho de Manuel Correia de Barros.

Tem o curso de engenharia pela Escola do Exército de Lisboa. Quando terminou o estudos, foi nomeado engenheiro para a linha férrea do Sueste, e depois para, o serviço da do Norte. Mais tarde passou a chefe de secção, sendo transferido para a linha de Leste, na qual construiu a 4.ª secção; foi promovido a chefe da repartição técnica, na direcção em Lisboa. Pertenceu ao corpo de engenharia civil, estando ao serviço do governo; sendo requisitado pela câmara municipal desta cidade, desempenhou as funções de engenheiro da referida câmara e de inspector dos incêndios até 1863. Nesta data foi mandado para a direcção das obras públicas de Vila Real. Ainda em fins deste ano teve a nomeação de primeiro engenheiro do distrito do Porto, cargo de que pediu a exoneração em 1871. Foi procurador à junta geral do distrito do Porto, vereador da câmara municipal, encarregado do pelouro dos incêndios, sendo mais tarde inspector, prestando sempre bons serviços, sendo, em repetidas eleições da mesma câmara, eleito vice-presidente e presidente. Numa das visitas da família real ao Porto, ainda no tempo do falecido monarca D. Luís, teve a oferta dum título nobiliário, que pediu licença para não aceitar; em troca desta graça recebeu do rei, pessoalmente, os retratos de toda a família real com honrosas dedicatórias. Foi eleito par do reino em 1898, e tomou posse na respectiva câmara a 17 de março. O sr. conselheiro Correia de Barros é sócio honorário da Associação Comercial do Porto e de outras corporações. Tem sido redactor de vários jornais de Lisboa e do Porto.

Escreveu: Plano de melhoramentos na cidade do Porto, apresentado à camara pelo seu presidente, etc., Porto, 1881; em virtude deste plano, a cidade foi desde então importantemente melhorada; Relatório apresentado à camara municipal do Porto em 31 de dezembro de 1881, Porto, 1881; Regulamento para o serviço de incêndios, etc. Este relatório foi redigido pelo sr. Correia de Barros, quando organizou o servido dos incêndios no Porto. Dedicando-se também à literatura dramática, escreveu um drama em três actos e um prólogo, intitulado Nobreza, que se representou no teatro de D. Maria, e se publicou em 1864. Tem mais as seguintes peças: Expiração, drama, escrito sendo ainda estudante; A cruz do matrimonio, em três actos, traduzido do espanhol; O suplício de uma mulher, três actos, Os íntimos, quatro actos, e Valeria, três actos, traduzidas do francês, etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume II, págs.
1149

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral