Portugal - Dicionário

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O Portal da História Dicionário > D. Joana Josefa de Meneses, 3.ª condessa da Ericeira

 

Ericeira (D. Joana Josefa de Meneses, 3.ª condessa da).

 

n.       13 de setembro de 1651.
f.        26 de agosto de 1709.

 

Filha do 2.º conde da Ericeira, D. Fernando de Meneses, e de sua mulher, a condessa D. Leonor Filipa de Noronha, dama da rainha D. Luísa de Gusmão.

Nasceu em Lisboa a 13 de setembro de 1651, e faleceu no convento de Santa Clara, a 26 de agosto de 1709. Casou com seu tio D. Luís de Meneses, 3.º conde da Ericeira, irmão de seu pai.

Aprendeu os princípios da língua latina com o padre jesuíta António de Melo, e com seus pais as línguas italiana, francesa e espanhola. Aprendeu também retórica e arte poética. Em atenção ao seu elevado talento, D. Catarina, rainha de Inglaterra, e filha de D. João IV, de Portugal, a nomeou camarista em 1695, cargo que exerceu durante dez anos. D. Catarina, depois de enviuvar, regressou à sua pátria e considerava tanto a sua camarista que, ao ficar regente do reino, por ausência de D. Pedro II, confiava-lhe toda a direcção dos negócios do Estado.

Escreveu:

Panegírico ao governo da sereníssima senhora Duquesa de Sabóia Maria Joana Baptista, recitado pelo abade de sua Alteza Real na Academia de Turim, etc., Lisboa, 1680; é tradução do italiano, e parece que foi para satisfazer o diplomata italiano Matheos Bossio, que estava muito empenhado na aliança da casa de Sabóia com a de Portugal; Reflexões sobre a misericórdia de Deus em forma de solilóquios, por uma pecadora arrependida; compostas em francês por Soror Luísa da Misericórdia, Carmelita descalça, no século Luísa Francisca de Ia Beaume Leblanc, Duquesa de Valiére, impressas em Paris e traduzidas em português, Lisboa, 1694; a tradutora, além da dedicatória e prólogo, acrescentou diversas coisas às referidas Reflexões; esta obra tem sido mais duma vez reimpressa; Despertador del Alma al sueño de Ia vida, en voz de um advertido desengaño, Lisboa, 1695; saiu com o nome de Apolinário de Almada, que era o de um criado da condessa. As obras da condessa D. Joana, manuscritas em prosa e verso, que eram numerosas e vêem mencionadas na Biblioteca Lusitana, de Barbosa Machado, vol. II, pág. 255, perderam-se todas no incêndio do palácio da Anunciada, em 1 de novembro de 1755.

 

 

 

 

Genealogia do 3.ª condessa da Ericeira
Geneall.pt

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume III, pág. 1
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Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
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