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Garcia
de Magalhães (Júlio
César).
n.
24 de março de 1845.
f.
Coronel
de infantaria, actualmente comandante do Distrito de Reserva n.º
16.
Nasceu
em Bragança a 24 de março de 1845.
Era
filho do general Manuel Maria de Magalhães e de sua mulher, D.
Carolina Augusta Garcia de Magalhães.
Assentou
praça a 21 de julho de 1860, e poucos meses depois matriculou-se na
Academia Politécnica do Porto, onde obteve aprovação plena nas
matérias que constituíam o primeiro ano matemático, sendo por
esse facto declarado aspirante a oficial na ordem do exército de 4
de outubro de 1861. Foi promovido a alferes em 1 de agosto de 1870,
a tenente em 23 de fevereiro de 1876, a capitão, em 14 de fevereiro
de 1884, a major em 30 de dezembro de 1893, a tenente-coronel em 23
de junho de 1897 e a coronel em 5 de julho de 1900. A portaria de 20
de outubro de 1873 nomeou-o adjunto à direcção geral da
Secretaria da Guerra, cargo que desempenhou durante onze anos,
servindo depois na repartição do gabinete, até que por decreto de
4 de novembro de 1885 passou a secretário da Escola do Exército.
Tem colaborado em várias folhas periódicas: na Grinalda,
jornal de poesias inéditas, que se publicou sob a direcção de
João Marques Nogueira Lima, no Porto; no Viriato,
de Viseu; no Jornal do
Domingo e na Revolução
de Setembro, de 1870 e 1871, encarregando-se por algum tempo,
durante a Guerra Franco-Alemã, da crónica estrangeira.
O
sr. Júlio de Magalhães também cultiva a música, sendo um
apreciado violinista nos salões da primeira sociedade de Lisboa,
tomando parte em concertos
de distintos amadores. Quando esteve na repartição do gabinete do
Ministério da Guerra fazendo serviço, organizou os dois seguintes
trabalhos, que se publicaram por ordem do referido ministério: Lista
geral de antiguidades dos oficiais e empregados civis do Exército,
referida a 31 de dezembro
de 1884, Lisboa,1885:
Relação dos oficiais e empregados civis do exército sem acesso,
reformados e aposentados, referida a 1 de fevereiro
de 1885, Lisboa, 1885; Escreveu mais: Álbum
de anedotas, revistas, traduzidas e coleccionadas por Júlio de
Magalhães, Lisboa, Empresa dos Serões românticos,
1884; Ginástica doméstica, médica e higiénica, etc., pelo
Dr. G. M. Schreber, traduzida da 15.ª
edição alemã, Lisboa, Biblioteca
contemporânea, 1880; com 45
figuras explicativas do texto. Tem traduzido para diferentes
empresas editoras, diversos romances, entre os quais nos lembram os
seguintes: Um crime da
mocidade, 1 vol.; A
Aventureira, 2 vols.; O
Semventura, 2 vols.; Os
lobos de Paris, 5 vols.;
O rei dos mendigos, 5 vols. ;
Cem mil francos de recompensa, 1 vol.;
O homem de gelo, 2 vols.;
A mulher do saltimbanco, 2 vols.;
Padres e beatos, 6 vols.;
Os companheiros da guitarra, 2 vols.;
Amor e crime, 2 vols.;
As doidas de Paris, 6 vols.;
Os comunistas no exílio, 2 vols.;
A mulher fatal, 3 vols.;
O fiacre n.º 13, 6 vols.; Quintino
Durward, 3 vols.; Mistérios
duma herança, 6 vols.;
Crimes duma associação secreta, 6 vols.;
As mulheres de bronze, 6 vols.:
Os milhões do criminoso, 6 vols., etc.
O
sr. Júlio de Magalhães é comendador da Ordem de Avis por serviços
distintos, oficial e cavaleiro da mesma ordem, cavaleiro da de N.
.Sr.ª da Conceição, e tem a Medalha Militar de prata de
comportamento exemplar.
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