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Garcia (Manuel
Joaquim Carrilho).
n.
1838.
f.
Bacharel
em Direito pela Universidade de Coimbra.
Nasceu
em Almodôvar em 1838.
Por
conselho dum seu parente, o bispo de Sevilha, começou a estudar
naquela cidade Teologia, mas bem depressa se convenceu que a sua
vocação não o chamava para a carreira religiosa, e um dia fugiu
do colégio, regressando à casa paterna. Mais tarde foi
matricular-se em direito na universidade, onde recebeu o grau de
bacharel. Pouco tempo depois partiu para Inglaterra, na qualidade de
advogado de seu sogro, Francisco José Crispim, na grande questão
Crispim e Daglioni, que então se debatia na Court
of Probate, em Londres, questão que felizmente conseguiu
conduzir a uma composição satisfatória, e que durara nos
tribunais por quinze anos.
Regressando
ao país, foi nomeado administrador do Concelho de Almodôvar, onde
praticou um acto de verdadeira coragem. Sem auxílio de pessoa
alguma, ele só prendeu, frente a frente, um bandido terrível,
quase lendário e que de há muito era o terror de todo o Alentejo.
O governo agraciou-o
com a comenda da Ordem de Cristo. De Almodôvar foi transferido para
o Concelho de Sintra. Fez tão bons serviços e granjeou tantas
simpatias, que a Câmara Municipal representou ao governo, para que
o conservasse ali, quando constou que ia ser transferido para o
Concelho de Belém. Camilo Garcia fez serviço em todos os bairros
de Lisboa. No concelho de Almada esteve vinte e seis dias. Em 1884
era administrador do concelho de Belém. Também teve a comenda da
Ordem da Conceição.
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