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            | 2.º
              duque de Lafões |  
            |  |  | 
        
        
        	|  |  |  | Lafões
            (D.
            João Carlos de Bragança de Sousa Ligne Tavares Mascarenhas da
            Silva, 2.º duque de   n.      5
            de março de 1719.f.       10 de novembro de 1806.
   Marechal
            general, fundador da Academia Real das Ciências, etc.  Nasceu
            em Lisboa a 6 de março de 1719, faleceu a 10 de novembro de 1806.  Era
            filho segundo do infante D. Miguel, filho legitimado do rei D. Pedro
            II, o qual casara em 30 de janeiro de 1715 com D. Luísa Casimira de
            Nassau e Sousa, filha do príncipe Carlos José de Ligne, do sacro
            império romano, senescal do Arnaut, que foi feito em Portugal conde
            de Miranda pelo seu casamento com D. Mariana Luísa Francisca de
            Sousa Tavares da Silva, 5.ª condessa desse título, sendo depois o
            2.º marquês de Arronches (V. este título),
            embaixador de Portugal na corte do imperador Leopoldo de Alemanha.
            Esta senhora foi sucessora da importante casa de Miranda, de todos
            os bens da coroa e ordens, morgados, padroados, etc. a ela
            pertencentes. O infante D. Miguel faleceu desgraçadamente em 13 de
            janeiro de 1724, afogado no rio Tejo, por se ter voltado o escaler
            que o conduzia da Outra Banda a Lisboa. Sua mulher sobreviveu-lhe
            perto de cinco anos, falecendo a 16 de maio de 1729.  O
            herdeiro de toda esta importantíssima casa foi o filho primogénito
            de D. Miguel, o infante D. Pedro Henrique de Bragança, de quem
            adiante falamos, o qual foi o 1.º duque de Lafões, e por sua
            morte, ficou herdeiro seu irmão D. João Carlos de Bragança, nos
            senhorios, alcaidarias-mores, comendas, padroados e outros bens por
            ele possuídos, o qual teve o titulo de 2.º duque do mesmo titulo.
            A casa de Sousa, donde descendia pelo lado materno, era muito nobre
            e antiquíssima, pois a instituição daquele senhorio remonta ao
            ano 300. D. João Carlos de Bragança foi baptizado a 25 de abril de
            1719 pelo patriarca D. Tomás de Almeida, sendo padrinho D. João V,
            seu tio. Estudou humanidades e filosofia juntamente com o duque seu
            irmão e com o maior aproveitamento, seguindo depois na Universidade
            de Coimbra o curso de Direito Canónico, entrando como porcionista
            no colégio de S. Pedro. D. João V destinava-o à carreira eclesiástica,
            e ainda na infância havia chegado a tomar o hábito; deu-lhe as
            honras de marquês por aviso de 31 de junho de 1738, tendo a precedência
            aos marqueses que depois dele fossem criados, e se lhe passou carta
            com excessiva vantagem, em razão do parentesco, às dos mais
            marqueses, para cujo efeito baixou o decreto pelo conselho da
            fazenda, 1 de setembro de 1740, do assentamento do dito titulo de
            500$000 réis anuais, passando-lhe carta em 4 de novembro, e de que
            fossem, sem exemplo, assentados no almoxarifado da imposição dos
            vinhos desta cidade, onde em 25 de dezembro de 1753 se pôs
            apostilha de transferência para os receber pela alfândega,
            juntamente com uma tença de 300$000 réis, de que lhe fora dado um
            padrão em 25 de junho deste ultimo ano, principiando a vencer por
            essa casa desde 1 de janeiro de 1752, em diante.  Em
            31 de agosto de 1740 foi nomeado conselheiro do rei D. João, porém,
            não se conformava com a vida religiosa, para que não se sentia com
            vocação, o que muito desgostava o seu real tio e protector.
            Nascera na corte e para corte, atraíram-no os exercícios
            corporais, as artes nobres, as línguas e as belas letras. Às
            naturais fidalguias e à afável jovialidade que o tornava de todos
            tão procurado, juntava muito notável agudeza de espírito e grande
            propensão ao epigrama, pelo que poucas vezes perdoava a qualquer vício
            ou ridículo. Na universidade, tanto o reitor como os lentes não
            tinham tido nunca um discípulo de tão elevada categoria, e na época
            dos exames ficaram incertos sem saberem qual o formulário que
            deveriam empregar no modo de o examinarem. Expuseram as suas dúvidas
            para a corte, e receberam em resposta a seguinte repreensão:  
              abril
              de 1742, etc».«Carta
              régia para Francisco Carneiro de Figueiroa, reitor da
              Universidade de Coimbra  –
              Reitor e lentes da Universidade de Coimbra: eu el-rei vos envio
              muito saudar. Vi a consulta que me fizestes sobre o formulário
              dos actos de meu sobrinho D. João Carlos, e, como seja certo que
              as regras estabelecidas para se guardarem entre os meus vassalos não
              compreendam as pessoas reais nem as que lhe são imediatas: ora
              estranho muito as mesmas dúvidas assim por este respeito que não
              deveis perder de vista, como porque destes a conhecer a fraqueza
              dessa universidade na ignorância que tendes para poder tratar com
              pessoas de alta qualidade. Fazei também estudo político, que é
              preciso aos homens que desejam ser sábios, se quereis merecer a
              minha protecção, Lisboa, 4 de abril de 1742.  Rei.» «Aviso
              de Alexandre de Gusmão ao Sr. D. João;  Ill.mo
              e Ex.mo Sr. El-rei viu a consulta da Universidade pela
              qual se certificava das dúvidas que tinham o reitor e lentes dela
              sobre o formulário dos actos
              de V. Ex.ª, e dando-se por mal servido, os repreende por carta
              deste correio. Viu também a carta de V Ex.ª, e ponderando os
              seus escrúpulos, o quer eximir deles, mandando que V. Ex.ª se
              recolha à corte, sem despedir-se de pessoa alguma empregada no
              ministério da Universidade. A pessoa de V Ex.ª guarde Deus
              muitos anos, Lisboa, 4 de  «No
            sobrescrito deste Aviso lia-se: «Ao Sr. D. João Carlos de Bragança,
            príncipe do sangue da real família de Portugal, Coimbra.» Em
            vista deste aviso, o príncipe D. João Carlos recolheu-se a Lisboa,
            e aqui se demorou até à morte do monarca.
            Começando o novo reinado, com a subida ao trono do rei D. José,
            mudou-se o aspecto da corte. Os foros da nobreza, sucessivas vezes
            exorbitantes e nem sempre pacíficos, eram forçados a abaixar-se
            ante o poder ilimitado do ministro Sebastião José de Carvalho e
            Melo. A nobreza não abandonou nunca de bom grado os seus privilégios,
            e à impressão de espanto sucedeu o instinto da resistência. Com a
            sua atitude mostrou a nobreza que as inovações do ministro não
            seriam aceites sem luta. D. João Carlos de Bragança, que pelas
            primazias do engenho e dotes do coração se fizera já bem quisto
            dos jovens fidalgos e do povo, pela hierarquia, pelo sangue e nome
            que o traziam perto do trono, e por isso o faziam menos acessível
            às repressões, parecia talhado, depois dos Marialvas, satisfeitos
            ou indiferentes, para chefe e centro temível das oposições áulicas.
            O
            conde de Oeiras, porém, não esmorecia na sua reconhecida energia,
            e não tardou, apesar de ser quem era, que D. João Carlos de Bragança
            recebesse as mais visíveis provas de desagrado do soberano.
            Morrera-lhe o seu irmão mais velho em 1761, sem deixar sucessor, e
            pertencia-lhe de direito a casa e o título de duque, e o rei
            negou-lhe a sucessão no ducado.  O
            príncipe D. João percebeu o golpe, e não quis reagir, apesar de o
            poder fazer; considerando a sua falsa posição na corte,
            resignou-se e pediu licença para sair do reino, que logo lhe foi
            concedida. Foi então residir para Inglaterra, e ali se relacionou
            com os mais conhecidos eruditos, fortalecendo com o estudo e aquela
            convivência o amor à ciência, e tanto se salientou e tanta estima
            adquiriu, que mereceu a grande honra de ser nomeado membro da
            Sociedade Real de Londres, distinção que acima de todas apreciava,
            dizendo que só a devia a si próprio. Contudo, o culto pelas armas
            também o animava. Declarara-se a guerra entre a Áustria e a Prússia,
            e alistou-se como voluntário, defendendo a bandeira austríaca,
            militando na guerra dos Sete Anos, distinguindo-se na batalha de
            Maxen, em que a sorte das armas se decidiu contra Maria Teresa, de
            Áustria, terminando aquela guerra com a paz de Hubertsburgo, e a
            perda da Silésia, que passou às mãos do vencedor. D. João Carlos
            de Bragança ficara entre os vencidos, mas foi saudado pelos
            camaradas e pelos próprios inimigos pelo seu denodo e galhardia.
            Despreocupado, e impossibilitado ainda de voltar à pátria,
            empreendeu uma série de viagens, com as quais o seu esclarecido espírito
            muito se enriqueceu. Por duas vezes percorreu a Suíça, a Itália e
            a França. Visitou depois sucessivamente a Grécia europeia, o
            Egipto, a Trácia, a Frigia, a Lídia, a Tessália e a Mesopotâmia.
            Mais tarde
            esteve na Prússia, Polónia, Suécia, Dinamarca e Lapónia. Em
            todas as cortes estrangeiras era admirada a sua ilustração, sendo
            bem acolhido pelos soberanos e homens notáveis, mantendo com o
            imperador José II da Alemanha tão cordiais e afectuosas relações
            que, ainda depois de viver em Portugal, não deixou o imperador de
            se corresponder com o seu dilecto amigo.  Falecendo
            o rei D. José em 1777 e terminando com a sua morte o governo do
            marquês de Pombal, voltou à pátria em 1779 D. João Carlos de
            Bragança, depois duma ausência de dezassete anos, já no reinado
            da rainha D. Maria I. Esperavam-no os mais altos favores do trono
            como para lhe compensar o longo, ainda que espontâneo, desterro.
            Recebeu o título de duque de Lafões, que lhe fora negado,
            sendo-lhe então restituídas as comendas de que fora, privado, com
            os seus atrasados rendimentos, por alvarás de mercê; nos anos de
            1777 e 1778 e as custas no de 1781. Por carta de 11 de Abril de 1780
            se lhe fez assentamento de mais 250$000 réis para, com os 500$000 réis
            que percebia como marquês, completar 750$000 réis do título de
            duque e vencendo este assentamento anualmente desde o dia em que o
            fora feito. Por decreto de 15 de setembro do mesmo ano teve a nomeação
            de conselheiro de guerra, e mais tarde, a de conselheiro de Estado,
            em 9 de julho de 1796. Sucedeu no governo das armas da corte ao
            tenente general conde de Azambuja, e comandou as tropas no seu
            funeral. Por decreto de 13 de maio de 1791 foi nomeado marechal
            general encarregado do governo das armas de todas as tropas de
            infantaria, cavalaria, artilharia e corpo de engenheiros, e director
            de todas elas. A carta régia do príncipe regente de 26 de janeiro
            de 1801 o nomeou mordomo-mor, mas já tinha esse cargo no dia 6 do
            referido mês, data do decreto porque o mesmo senhor o nomeara
            ministro assistente ao despacho do gabinete, para todos os negócios
            e incumbências de que o regente fosse servido encarregá-lo, em
            todos os ramos da administração publica, que se achavam divididos
            pelas secretarias do Estado, encarregando-o particularmente do
            expediente dos negócios da guerra, que o regente havia separado da
            secretaria de Estado a que pertencia. A sua ilustração e persistência
            durante largos anos nas cortes estrangeiras lhe adquiriram a maior
            influência na corte. O seu parecer era frequentemente consultado e
            as suas opiniões escutadas com o máximo interesse.  No
            seu regresso a Portugal ouvira o duque de Lafões, em Nápoles,
            falar muito vantajosamente do erudito abade José Correia da Serra,
            que então vivia em Roma. O duque não se descuidou de relacionar-se
            com o seu ilustrado compatriota, e teve a fortuna de o trazer
            consigo para Lisboa, hospedando-o no seu próprio palácio. José
            Correia da Serra veio a ser o mentor e o guia do duque nas suas
            lucubrações literárias e científicas. O ilustre fidalgo e
            Correia da Serra lembraram-se então de fundar uma sociedade
            cientifica e literária, que estivesse à, altura das outras
            sociedades congéneres existentes na Europa, e substituísse a
            decadente e quase moribunda Academia Real de Historia Portuguesa,
            fundada por D. João V em 1720. Obtido o beneplácito régio
            instituiu-se a Academia Real das Ciências de Lisboa, cujos
            estatutos foram aprovados em 24 de dezembro de 1779. Esta academia
            ficou constituída com os homens mais eminentes em ciências e em
            letras que nessa época viviam em Portugal. A primeira sessão
            realizou-se em 16 de janeiro de 1780, em que o duque de Lafões foi
            eleito sócio efectivo na classe de literatura portuguesa, e na
            seguinte sessão nomeado presidente perpétuo, e o abade José
            Correia da Serra primeiro secretario (V.
            Academia Real das Ciências).
            Na sessão de 2 de outubro, foi o duque nomeado membro da comissão
            de Industria Nacional. Como estadista, o duque de Lafões, que
            perfeitamente conhecia o estado da Europa, não cessava de
            aconselhar que se mantivesse uma prudente , neutralidade nas guerras
            que rebentaram, quando começou em França a grande revolução, mas
            o seu voto não foi atendido, prevalecendo nos conselhos do príncipe
            regente D. João o fanatismo monárquico de alguns ministros, de que
            resultaram os graves acontecimentos já bem conhecidos.  Entrámos
            com a Espanha e a Inglaterra na luta contra a França, fizeram-se
            terríveis sacrifícios, tendo-se em paga o abandono da Espanha que
            negociou sozinha com a França, deixando-nos nos maiores embaraços,
            e o abandono da Inglaterra que levara a nossa esquadra a sitiar
            Toulon, deixando a descoberto as nossas colónias e o nosso comércio.
            Finalmente, em 1801 a Espanha aliada com a França veio declarar
            guerra a Portugal, e a Inglaterra deixou-nos completamente sós. O
            exército espanhol do Príncipe da Paz transpôs as fronteiras do
            Alentejo. Todos se confiavam na experiência militar do antigo
            voluntário de Maria Teresa de Áustria, e o duque de Lafões,
            apesar de já ter oitenta e dois anos de idade, foi no seu posto de
            marechal general tomar conta do comando do exército português.
            Desenvolveu a maior actividade, procurando organizar energicamente a
            defesa, mostrando haver cursado boa escola. O rápido e deplorável
            desfecho da campanha com a capitulação das nossas praças de
            guerra, e o malogro de justíssimas esperanças, tudo devido a
            rivalidades, egoísmos, intrigas e vindictas, tornaram mal visto
            aquele período fatal do ano de 1801, ficando na sombra os
            verdadeiros autores e responsáveis das suas catástrofes. O general
            Francisco de Borja Garção Stockler justificou brilhantemente o
            duque marechal, conservando e publicando nas Cartas
            ao autor da Historia Geral das invasões francesas, as ideias
            que em tão breve prazo ele chegara a formular para o
            restabelecimento do sistema militar do país. Teoricamente, eram
            tais ideias e planos de um capitão consumado nas coisas da guerra.
            Praticamente, foi dirigida pelo duque em pessoa a única operação
            importante que teve lugar no Alentejo, operação por meio da qual
            salvou o exército, efectuando habilmente a junção das suas forças
            com a divisão inglesa do general Fraser e os regimentos de Lippe e
            Lisboa, que iam, com alguns esquadrões de cavalaria, em marcha pelo
            Crato sobre Portalegre. O duque de Lafões, nesse mesmo ano de 1801,
            retirou-se à vida privada, no seu palácio situado no sítio do
            Grilo, entregando-se nos últimos anos aos seus trabalhos literários
            e científicos. Ali reunia os homens mais eruditos, com quem
            sustentava conversações, e discussões científicas; inspeccionava
            as muitas obras que trazia nas suas quintas, e coligiu uma copiosa
            livraria rica de edições e manuscritos raros, e a galeria de
            pintura existente no referido palácio do Grilo.  O
            duque de Lafões casou com D. Henriqueta Júlia Lorena e Meneses,
            filha dos marqueses de Marialva; deste consórcio houve um filho,
            que faleceu com seis anos de idade, e foi duque de Miranda do Corvo;
            e duas filhas: uma que herdou o titulo de duquesa de Lafões, e
            casou com D. Segismundo, irmão do duque de Cadaval; a seu pai fora
            feita mercê, por alvará de 19 de dezembro de 1805, dos bens da
            coroa e ordens, e dos títulos de juro e herdade, para esta sua
            filha sucessora da sua casa. A outra filha casou com o duque de
            Cadaval. O duque de Lafões era grã-cruz, alferes da ordem de
            Cristo, por decreto de 9 de novembro de 1789 tendo começado já a
            usar desta insígnia em 15 de setembro antecedente. Também possuía
            a grã-cruz da Legião de Honra, de França. A Academia Real das Ciências,
            em gratidão para com o seu fundador, resolveu em 1817 mandar fazer
            o busto do duque de Lafões para ser colocado na sala das sessões.
            O encarregado do trabalho da escultura foi o professor Joaquim
            Machado de Castro, que era sócio correspondente da mesma academia.
            A Academia tinha deliberado que as despesas da feitura do busto
            corressem por conta dos sócios, e não pela do cofre; sucedeu, porém,
            que a quota de contribuição se tornasse muito módica, porquanto
            Joaquim Machado de Castro se prestou generoso a executar de graça a
            parte mais essencial da obra, isto é tudo o que pertencia ao
            trabalho pessoal do artista. O vice-presidente disse que as
            diferentes transacções correriam pela sua mão, e se anunciara com
            prazer ao corpo académico o desinteresse do artista insigne, tivera
            também a satisfação de ver o bem merecido apreço que se fez
            daquela oferta, e o voto unânime de ela ser de alguma forma
            compensada por este testemunho publico de gratidão, e pelo dom de
            uma medalha de ouro, o maior prémio com que entre nós se costuma
            gratificar o saber e os talentos É honra para a Academia poder
            apresentar a nacionais
            e a estrangeiros este belo monumento de gratidão à memória do seu
            fundador. O busto fez se, e colocou-se efectivamente na referida
            Sala, sobre um pedestal feito de madeira. Em 1866, porém, sendo
            presidente o rei D. Fernando, resolveu a Academia substituir este
            pedestal, que se considerava impróprio, por um outro de mármore,
            que neste ano foi colocado na referida sala, onde ainda hoje existe.
            O pedestal de madeira está na sala que antecede a das sessões
            sobre o qual se vê o modelo da estátua equestre de D. Pedro IV,
            que está na praça de D. Pedro, no Porto. No pedestal gravou-se a
            seguinte inscrição:
            
             JOANNIS CAROLI A BRAGANTIAAcerca
            do duque de Latões, pôde ver-se o Arquivo
            Pitoresco,
            vol. IX, pág. 147; A Historia dos estabelecimentos científicos,
            literários e artísticos de Portugal,
            de José Silvestre Ribeiro; vol. II, pág. 37 a 61, e 267 a 369;
            Ilustração,
            vol. II, pág. 22; Universo
            Pitoresco,
            vol. III, pág. 328; Elogio
            histórico,
            por José da Silva Mendes Leal, recitado na Academia Real das Ciências
            em 1860.ALAFONENSIS DUCIS
 AVIS EDITI REGIBUS
 ANNO SALUTIS MDCCXIX NATI
 MDCCCVI DEMORTUI
 BELLICA VIRTUTE
 MILITARIBUS DISCIPLINIS
 OMNIBUS ARTIBUS INGENUIS
 DOMI ET APUD EXTERAS GENTES
 CLARISSIMI
 INGENIORUM FAUTORIS MUNIFICI
 HANC EFFIGIEM
 OLIM A JOACHIMO MACHADO DE CASTRO SCULPTAM
 REGNANTE LUDOVICO I
 REGE FERDINANDO II PRESIDE
 REGIA SCIENTIARUM OLYSSIPONENSIS ACADEMIA
 TANTI VIRI FUNDATORIS SUI
 NON IMMEMOR
 HEIC PONENDAM CURAVIT
 ANNO MDCCCLXVI
  
            
                
             Dom João Carlos de BragançaO Exército português em finais do Antigo Regime
  
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  | Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume IV, págs. 23-26.
 Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
   Edição electrónica © 2000-2015 Manuel Amaral
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