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Pimentel
Maia
(José Rodrigues).
n.
c. 1784/1790.
f. c.
1816.
Poeta
muito apreciado.
Nasceu
em Lisboa, segundo se julga, entre os anos de 1784 e 1790. Era filho
do professor de gramática latina Manuel Rodrigues da Maia.
Perdeu
seu pai, tendo dezasseis anos, e nessa idade já estava
suficientemente habilitado para lhe suceder, como sucedeu, no lugar
de professor. Amigo e discípulo entusiasta de Bocage, muito cedo
começou a fazer versos, em que se sentia claramente o reflexo do
grande poeta popular. Contava talvez de dezasseis para dezoito anos
quando imprimiu a primeira parte das suas poesias. Em 1808, levado
por um rasgo de entusiasmo patriótico, e querendo também concorrer
para que fossem expulsos do território pátrio os franceses
comandados por Junot, abandonou a aula régia, e foi assentar praça
de voluntário em infantaria n.º 4, e sendo promovido depois a 1.º
sargento, fez com esse posto toda a guerra da Península,
regressando à pátria em 1814, com o posto de sargento ajudante. Em
1816 foi promovido a alferes, e partia para Montevideu com a divisão
que para ali foi enviada, falecendo pouco tempo depois sem contar
ainda 30 anos, devendo a morte, ao que parece, ao excesso a que se
entregara desde o principio da campanha ao uso das bebidas alcoólicas.
Escreveu:
Obras
poéticas de J. R. P. Maia, oferecidas a um seu amigo, Lisboa,
1805; segundo folheto, 1806; terceiro folheto, 1807.
Esta colecção compreende ao todo 49 sonetos, 6 odes, 3 epístolas,
5 elogios e vários apólogos, epigramas, cançonetas, quadras
glosadas, etc.; e também alguns fragmentos traduzidos das Metamorfoses
de Ovídio, da Eneida e Geórgicas, de Virgílio, etc.
Publicou mais: Elegia á lamentável morte do ill.mo e
ex.mo sr. D. Diogo de Noronha, conde de Vila Verde, e
ministro assistente ao despacho, etc., Lisboa, 1807.
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