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             Quintela
            (Joaquim Pedro Quintela, 1.º barão de). 
              
            n.      20 de agosto
            de 1748. 
            f.       1 de outubro de 1817.
               
            
            Fidalgo
            da Casa Real, por alvará de 6 de maio de 1793; do conselho da
            rainha D. Maria I, conselheiro honorário da Fazenda, senhor da vila
            do Préstimo na comarca de Aveiro, alcaide-mor da vila da Sortelha,
            comendador do Forno de Palhavã na ordem de S. Tiago da Espada,
            cavalheiro professo da Ordem de Cristo, negociante de grosso trato
            da praça comercial de Lisboa, abastado capitalista e proprietário
            na província da Estremadura, contratador dos Contratos Reais do
            Tabaco, dos Diamantes, do Azeite de peixe e baleia, das fábricas de
            lanifícios da Covilhã e Fundão, etc.  
            
            Nasceu
            em Lisboa a 20 de agosto de 1748, onde também faleceu a 1 de outubro
            de 1817. Era filho de Valério José Duarte Pereira, cavaleiro
            fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo da Ordem de Cristo,
            proprietário do oficio de Escrivão das Apelações Cíveis das
            Ilhas, e dos crimes da Comarca de Torres Vedras, etc., e de sua
            mulher, D. Ana Joaquina Quintela.  
            Em
            Março de 1782 sucedeu na casa de seus pais, e na de seus tios
            maternos: Luís Rebelo Quintela, juiz dos Feitos da Coroa e Fazenda
            da Casa da Suplicação e desembargador dos agravos do mesmo
            tribunal; e Inácio Pedro Quintela, familiar do Santo Ofício,
            mercador na rua Nova, contratador em diversos Contratos Reais vogal
            presidente da Junta do Comércio, fábricas e navegação, etc.
            Ambos estes tios eram filhos de António Gomes Rebelo, e de sua
            mulher D. Madalena de Jesus. Da sua opulentíssima casa instituiu o
            morgado de Quintela, que foi aprovado por decreto de 18 de junho de
            1791, e escritura de 23 de junho de 1801, ao qual vinculou diversas
            propriedades que herdara e comprara, tudo no valor de 421.316$787
            reis, a que depois reuniu a sua terça, tendo por cabeça a grande
            fazenda chamada do Farrobo, no concelho de Vila Franca de Xira, com
            obrigação de certo número de missas ditas por alma dele e de seus
            parentes, nas capelas e ermidas da citada quinta do Farrobo, e na
            das Laranjeiras e do Calvel, bem como o padroado da igreja do
            convento das religiosas da Visitação, vulgarmente chamado das Salésias,
            e finalmente a obrigação dos sucessores do vínculo, ainda quando
            este passasse à linha colateral, usarem sempre o apelido Quintela.
            Este vínculo ficou extinto pela falta de registo determinado pela
            carta de lei de 30 de julho de 1860. A 13 de agosto de 1802 recebeu
            o senhorio da Sortelha, e a 13 de dezembro do mesmo ano, o de Préstimo.  
            Casou
            com D. Maria Joaquina Xavier de Saldanha, filha de Joaquim Lobato de
            Araújo e Costa, da casa de Juste, em Braga, e de sua mulher D.
            Maria Leonor Xavier de Saldanha. Deste matrimónio houve dois
            filhos, uma filha e um filho: D. Maria Gertrudes Quintela, que foi
            4.ª condessa da Cunha, pelo seu casamento, em 1 de janeiro de 1814,
            com o 4.° conde D. José Maria Vasques Álvares da Cunha. Foram
            pais de uma filha única, D. Maria do Carmo da Cunha Quintela,
            marquesa de Viana, por ter casado com o marquês D. João Manuel de
            Meneses. O filho foi Joaquim Pedro de Quintela, 2.º barão deste título
            e 1.º conde de Farrobo
            (V. Cunha e Farrobo).  
            O
            título de barão de Quintela foi concedido em duas vidas, por
            decreto e carta de 17 de agosto de 1805. D. Maria Joaquina Xavier de
            Saldanha faleceu a 26 do referido mês e ano, ignorando que já era
            baronesa, porque o seu estado de doença não lhe permitia saber a
            mercê com que seu marido: fora agraciado nove dias antes. O barão
            de Quintela teve uma filha bastarda, D. Joaquina Rosa, nascida em 8
            de novembro de 1793, que foi legitimada por alvará de 16 de junho
            de 1912. Esta senhora faleceu a 28 de julho de 1823, tendo casado em
            15 de setembro de 1816, com Luís da Silva e Ataíde, fidalgo
            cavaleiro da Casa Real.  
            O
            barão de Quintela, em 12 de outubro de 1806, tirou o seguinte brasão
            de armas: Em campo de púrpura, duas bandas de escaques de ouro de
            uma só ordem; elmo de aço aberto; e não tem timbre.
            
             
            
              
              
              
             
             
              
                
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            Genealogia
            do 1.º barão de Quintela 
            Geneall.pt
              
              
              
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