Par do Reino, alferes-mor do Reino, alcaide-mor do castelo de S.
Brás na cidade de Ponta Delgada; comendador da Ordem de S. Bento de
Avis, etc.
Nasceu a 29 de julho de 1819, faleceu a 1 de outubro de 1872. Era
filho do 7.º conde da Ribeira Grande, D. José Maria António Zarco
da Câmara, a de sua segunda mulher, D. Mariana de Almeida Portugal.
Sucedeu a seu pai no título de conde da Ribeira Grande, e foi
nomeado par do Reino em 20 de novembro de 1843. Sucedeu, no titulo
de marquês, a sua bisavó, D. Leonor da Câmara, marquesa de Ponta
Delgada, título que lhe fora concedido em duas vidas, e que foi
renovado, como verificação da segunda vida, sendo então mudado
para o da Ribeira Grande, por decreto de 5 de setembro de 1855. (V. Ponta
Delgada, vol. V, pág. 861).
O marquês da Ribeira casou três vezes. A primeira, a 6 de outubro
de 1810, com D. Ana da Piedade Brígida Senhorinha Francisca Máxima
Gonzaga de Bragança Melo e Ligne Sousa Tavares Mascarenhas da
Silva, que faleceu a 18 de julho de 1856; a segunda, em junho de
1857, com sua cunhada, D. Maria da Assunção de Bragança Melo
Ligne Sousa Tavares, que faleceu a 27 de maio de 1856, ambas filhas
dos 3.os duques de Lafões; e a terceira vez, em maio de
1867, com D Luísa da Madre de Deus da Cunha Meneses, filha de D.
Carlos da Cunha Meneses, da casa dos condes de Lumiares, a de
sua mulher, D. Maria Joaquina Quintela, da casa dos condes de
Farrobo.
O brasão foi concedido ao seu glorioso ascendente, João Gonçalves
Zarco, descobridor da ilha da Madeira, por D. Afonso V, a 4 de julho
de 1460, e ampliando-lhe essa mercê com a concessão de usar o
apelido de Câmara de Lobos. É o seguinte: Em campo verde, uma
torre de prata sentada sobre um monte da sua cor com um coruchéu ou
cúpula de ouro, e uma cruz no remate, do mesmo metal, entre dois
lobos de sua cor arrimados à torre.