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             Sousa
            Coutinho
            (D. Francisco Inocêncio de). 
              
            n.    [c.
            1728]. 
            f.     [c. 1780]. 
              
            
            Era
            filho de D. Rodrigo de Sousa e de D. Maria Antónia de S. Boaventura
            e Meneses.  
            Nasceu
            em Lisboa, mas ignoram-se as datas do nascimento e falecimento.  
            Serviu
            no exército como coronel de infantaria, e depois de cavalaria,
            tomando parte com esta última na campanha de 1762. Foi sócio da
            Arcádia Ulissiponense, e publicou em 1750; um Elogio fúnebre do
            muito alto e poderoso rei D. João V, e um Panegírico ao
            muito alto e poderoso rei fidelíssimo D. José I.  
            Foi
            depois nomeado governador de Angola, para suceder a António de
            Vasconcelos. Chegou ao seu destino em junho de 1764, e no seu
            governo prestou grandes serviços. Auxiliou o comércio, deu
            regimento aos escrivães das feiras e fez que os revivos do comércio
            fossem abolidos com o que elevou o contrato real da saída dos
            escravos a um rendimento que nunca antes tivera. Organizou a força
            militar, empreendeu e concluiu em dezassete meses a fortaleza do Penedo,
            expediu o regimento dos capitães mores para coibir as violências
            que eles praticavam no interior, batendo o gentio, restituiu o
            sossego aos habitantes das províncias de Encôge e Ambaca que
            anteriormente viviam em continuo susto. Estabeleceu uma aula de
            geometria e fortificação, introduziu muitos melhoramentos em
            Benguela, mandou levantar o presídio de Novo Redondo, e receando-se
            a guerra na Europa fez concertar e aumentar as fortalezas da
            capital. Mandou edificar a casa da alfândega e a da junta da
            fazenda e estabeleceu fundições de peças de campanha, obra nunca
            vista até então naquelas regiões. Reduziu a melhor forma a cobrança
            dos dízimos com o que lhe triplicou o rendimento, e o mesmo fez no
            contrato do sal.  
            No
            último ano do seu governo, 1772, cuidava em construir uma fragata
            que não concluiu, em consequência da chegada e D. António de
            Lencastre, que lhe sucedeu no governo. Depois de regressar a
            Portugal, foi nomeado, embaixador a Madrid, e ali faleceu, deixando
            manuscritas umas Memórias do reino de Angola e suas conquistas, escritas
            em Lisboa por D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho,
            governador e capitão general que foi do dito reino, 1773 1775,
            manuscritos do arquivo municipal do o Porto. 
              
              
            
              
              
             
              
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