Hugh Owen

 

Hugh Owen
Oficial inglês.

Nasceu em 27 de Maio de 1784, no País de Gales;
morreu em Dezembro de 1860

 

Começou a carreira militar como capitão de voluntários em Thropshire, em 1803, quando do grande movimento patriótico para a defesa da Grã-Bretanha da prevista tentativa de invasão pelos exércitos franceses de Napoleão Bonaparte, com o fim da Paz trazida à Europa pelo Tratado de Amiens.

É em 1809 que ingressa no exército no regimento n.º 16 de dragões ligeiros, embarcando imediatamente para Portugal, com os reforços que seguem com Wellington, para defesa do país contra Soult.  Serve com os atiradores do regimento nos combates de Albergaria, Grijó e na perseguição do exército francês do Porto até Salamonde.

Na batalha de Talavera comanda o corpo de atiradores da brigada de cavalaria ligeira, composta dos regimentos de dragões ligeiros nos. 14, 16 e 23 e do regimento de hussardos da King's German Legion.

No ano seguinte o marechal Beresford promove-o a capitão, servindo de ajudante-de-campo do general Fane, comandante da retaguarda da divisão Hill, quando da retirada para as Linhas de Torres Vedras. Mais tarde passa para a brigada de cavalaria de sir Loftus Otway, que comandava a brigada de cavalaria portuguea formada pelos regimentos 1, 4, 7 e 10. Continuando a servir nos estados-maiores passa, como major de brigada e ajudante-de-campo, para a brigada de cavalaria portuguesa do general d'Urban, formado pelos regimentos n.º 1, n.º 11 e n.º 12.

Na batalha de Vitória foi ele quem comandou a brigada na célebre carga de cavalaria que acabou com a resistência francesa, sendo promovido no campo de batalha por Wellington.

No exército português, após o fim da guerra, foi promovido a tenente coronel do regimento de cavalaria n.º 6 de Chaves. Em 1820 é coronel e acompanha na viagem de Beresford ao Brasil, regressando mais cedo que o comandante-chefe, trazendo despachos para a Regência, sendo transferido para o comando do regimento de cavalaria n.º 4. 

Chega a Portugal já com a revolução de 1820 em pleno curso. Tendo sido despedido, como Beresford e todos os outros oficiais britânicos, retira-se do exército e casa com Maria Rita da Rocha Pinto Velho da Silva, viúva, filha de um grande negociante de vinhos do Porto, em 20 de Dezembro de 1820. Teve quatro filhos, entre eles a célebre Fanny Owen, celebrisada por Camilo Castelo Branco e Agustina Bessa Luís.

Vivia no Porto quando, em 1832, o exército liberal  vindo dos Açores, e desembarcado na praia do Mindelo, ocupou a cidade. D. Pedro chamou-o para comandante da cavalaria, mas Owen, por ser cidadão britânico recusou, de acordo com as ordens dadas pelo seu governo, mas colaborou com o regente durante o cerco da cidade.

Em 1856 regressou à Grã-Bretanha, abandonando mulher e filhos.

 

Fonte:

Hugh Owen,
O Cerco do Porto contado por uma Testemunha - O Coronel Owen,
Porto, Renascença Portuguesa («Biblioteca Histórica, I»), 1915

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