CRONOLOGIA DAS INVASÕES FRANCESAS
1807
Janeiro, 7- A Grã-Bretanha, por meio
de Ordens do Conselho, declara os portos franceses e os das suas colónias
em estado de bloqueio, proibindo os navios de qualquer pavilhão de aportarem em
portos franceses.
Junho, 14 - Batalha de Friedland. O
exército francês, comando por Napoleão Bonaparte, vence o exército russo. Julho, 7 - Assinatura do Tratado de Tilsit, entre a França e a Rússia. Julho, 8 - Denúncia do armistício franco-sueco de 18 de Abril por Gustavo IV da Suécia. Julho, 9 - Assinatura do segundo Tratado de Tilsit, entre a França e a Prússia. Julho, 29 - Ordens de Napoleão Bonaparte para concentração de forças militares francesas em Baiona, na fronteira franco-espanhola, 2 dias depois de Napoleão Bonaparte regressar a Paris. Agosto, 11 - Portugal é intimado pela França a cortar as relações com a Grã-Bretanha. Agosto, 16 - Um corpo expedicionário britânico, tendo como um dos seus comandantes, o general Wellesley, futuro duque de Wellington, desembarca na Dinamarca, com intenção de aprisionar a frota dinamarquesa. Agosto, 28 - Napoleão Bonaparte dá ordem de ocupar três províncias pertencentes aos Estados Pontifícios. Setembro, 2 - Copenhaga, capital da Dinamarca, é bombardeada por uma frota britânica, devido à sua aliança com a França. Setembro, 4 - Os portos da Holanda são fechados ao comércio britânico. Setembro, 5 - O general Junot, antigo embaixador da França em Portugal, nomeado para o comando do Corpo de Observação da Gironda, chega a Baiona. Setembro, 7 -
Copenhaga, capital da Dinamarca, capitula
perante uma força militar britânica, após ter sido bombardeada.
Setembro, 12 -
Tratado luso-britânico.
Setembro, 25 -
Portugal declara aderir ao Bloqueio Continental, por meio de uma carta de
António de Araújo de Azevedo, secretário de estado dos negócios
estrangeiros, enviada ao seu homólogo francês.
Outubro, 1 - Os
embaixadores de França e da Espanha retiram-se de Lisboa.
Outubro, 2 -
Numa
proclamação ao «Estado do Brasil», o príncipe regente faz saber que
dera ao seu herdeiro o título de «Condestável do Brasil». Esta proclamação
tem a vista a preparação do envio do príncipe D. Pedro para o Brasil.
Outubro, 12 - Napoleão Bonaparte dá ordem a Junot
para entrar em Espanha.
Outubro, 17 - O 1.º Corpo de Observação
da Gironda, comandado pelo general Junot, entra em Espanha, em direcção a
Salamanca, preparando assim a invasão de Portugal.
Outubro, 20 -
Carta Régia
ordenando o fecho dos portos portugueses aos navios mercantes e de guerra da
Grã-Bretanha. É a declaração oficial de adesão ao Bloqueio Continental.
Outubro, 21 - Alvará, determinando
os novos limites dos Governos Militares, e modificando os distritos de
recrutamento dos regimentos.
Outubro, 22 - Convenção secreta
entre Portugal e a Grã-Bretanha sobre a transferência para o Brasil da
monarquia portuguesa e sobre a ocupação da ilha da Madeira por tropas britânicas.
Outubro, 27 - Tratado de
Fontainebleau entre a Espanha e a França que decide a partilha de Portugal.
Outubro, 28 - Carlos IV informa a corte espanhola de que decidiu
realizar um processo público contra o filho, acusado de o tentar substituir. Outubro, 29 - Decreto que modifica
profundamente a composição e o recrutamento das Milícias. São criados
dois regimentos de Milícias na cidade de Lisboa, acabando com o privilégio
de não haver milícias na cidade de Lisboa. Outubro,
30 - Assinatura do tratado de aliança entre a Dinamarca e a França. Novembro,
7 -
A Rússia protesta oficialmente contra o bombardeamento de Copenhaga pela frota
britânica e declara-se em estado de guerra com a Grã-Bretanha.
Novembro, 10 a 13 -
Uma frota russa, composta por 9 naus e 2 fragatas, comandada pelo almirante
Siniavin, em viagem do Mar Negro para São Petersburgo, devido à preparação da
guerra contra a Suécia, entra no porto de Lisboa para invernar, devido a já não
conseguir chegar à Rússia antes do aparecimento dos gelos no Mar Báltico.
Novembro, 11 - A Grã-Bretanha coloca
em bloqueio todos os portos ocupados, e obriga os navios de qualquer pavilhão
a aportarem a um porto britânico para pagarem o imposto. Nesse dia sai de
Plymouth uma frota comandada pelo almirante Sir Sidney Smith, que se dirige
para Portugal.
Novembro, 12 -
O exército
francês do comando de Junot, concentrado à roda de Salamanca, dirige-se
para Sul para Valência de Alcântara.
Novembro, 13 - O
2.º Corpo de Observação da Gironda, comandado pelo general Dupont, entra
em Espanha, de acordo com o artigo 6.º da convenção secreta, anexa ao Tratado de
Fontainebleau, dirigindo-se para Vitória, depois para Burgos e em seguida
Valladolid.
Novembro, 16 - A frota britânica de Sir Sidney Smith chega à
foz do Tejo.
Novembro, 17 - As primeiras tropas
francesas entram em Portugal, pela fronteira de Segura, na Beira Baixa.
Novembro, 18 - Os portos portugueses são colocados em estado de
bloqueio pela frota britânica. Novembro, 22 -
O
embaixador da Grã-Bretanha, lorde Strangford, apresenta um Ultimato para o
embarque da Família Real, após ter entregue um número do jornal Le
Moniteur de Paris, que declara que a casa de Bragança deixou de reinar
em Portugal.
Novembro, 23 -
Primeiro decreto de Milão: ordem de confisco de qualquer navio que
tenha aportado na ilhas britânicas. Novembro, 23 e 24 -
O exército francês entra em Abrantes. Novembro, 25 -
O
Conselho Privado pronuncia-se pelo embarque da Família Real.
Novembro, 26 - Nomeação de um
Conselho de Regência, para governador Portugal na ausência do Príncipe
Regente. Novembro, 27 -
O Príncipe Regente D. João e a Corte embarcam para o Brasil. A frota só
se fará ao mar dia 29. Novembro,
30 - A vanguarda do exército francês, acompanhada por Junot,
entra em Lisboa. Dezembro, 1 - A divisão espanhola comandada pelo
general Solano, capitão-general da Andaluzia, para ocupar as províncias do Sul de Portugal, entra no
Alentejo por Elvas.
Dezembro, 3-
Hermann, cônsul francês em Lisboa, encarregado de negócios da França em
Portugal
desde o abandono da embaixada por Junot, em 1805, é nomeado
presidente do Real Erário, com o título de administrador-geral das
finanças..
Dezembro, 4 -
Decreto de confisco dos bens dos súbditos britânicos.
Dezembro, 12 -
Convenção anglo-lusa sobre a ocupação da ilha da Madeira.
Dezembro, 13 -
Uma divisão espanhola, sob as ordens do general Taranco, capitão-general
da Galiza, ocupa o Porto. Dezembro, 14 -
Publicação de um decreto interditando os ajuntamentos e as desordens.
Dezembro, 17 - Segundo decreto imperial de Milão
que agrava as condições do Bloqueio Continental. Os navios neutrais que
se submeterem às visitas britânicas, serão considerados como britânicos
e por isso boa-presa.
Dezembro, 18 -
Tropas espanholas da divisão do general Carrafa, que tinham acompanhado o
exército francês desde Valência de Alcântara, em Espanha, entram no
Porto. Dezembro, 22 - O
marquês de Alorna é nomeado inspector-geral e comandante-chefe do
Exército nas províncias de Trás-os-Montes, Beira e Estremadura. Dezembro,
23 - Decreto de Napoleão Bonaparte determinando a cobrança em
Portugal de um contribuição extraordinária de guerra de 100 milhões de francos.
A medida só será divulgada em Portugal em 4 de Fevereiro de 1808.
Dezembro, 26 -
O corpo do general Dupont entra em Vitória, no norte de Espanha.
Dezembro, 31 -
Decreto
dos generais espanhóis Taranco e Solana, de licenciamento de soldados do
exército português, existente nas províncias do Minho, Alentejo e Algarve.
Fontes principais: Rodrigues,
António Simões (coord.),
Tulard, Jean,
Reis, A. do Carmo, |
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