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Júlio de Castilho
Júlio de Castilho

 

Castilho (Júlio de Castilho, 2.º visconde de).

 

n.       30 de abril de 1840.
f.        [ 8 de fevereiro de 1919 ].

 

Fidalgo da Casa Real por sucessão a seus maiores, habilitado com o curso superior de Letras; sócio correspondente da Academia das Ciências, por diploma de 21 de março de 1872; sócio efectivo da Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses; correspondente do Instituto de Coimbra, do Gabinete Português de Leitura de Pernambuco; do Instituto Vasco da Gama de Nova Goa; da Associação Literária Internacional de Paris; e honorário do Grémio Literário Faialense e do Grémio Literário Artista da Horta; governador civil do distrito da Horta; primeiro-oficial da Biblioteca Nacional de Lisboa, poeta e escritor, etc.

Nasceu a 30 de abril de 1840. É filho do 1.º visconde de Castilho. António Feliciano de Castilho, e de sua segunda mulher D. Ana Carlota Xavier Vidal de Castilho.

Sendo nomeado governador civil da Horta em Outubro de 1877, exerceu estas funções até fevereiro de 1878, em que recebeu a exonerarão; sendo depois nomeado para o mesmo cargo para o distrito to de Ponta Delgada, não aceitou a nomeação. O título de visconde foi concedido em verificação de vida no de seu pai, por decreto de 1 de abril de 1873. Exerceu por algum tempo o cargo de correspondente literário do Diário oficial do Rio de Janeiro. As suas cartas saíam nos números dos domingos, tornando-se notáveis pela variedade e escolha dos assuntos científicos e literários, e pela elegância e elevação do estilo.

É longa a lista dos seus trabalhos, cujos títulos são os seguintes: Estudo genealógico, biográfico e literário da família Castilho, publicado no tomo III, da 2.ª edição da obra de seu pai. Estudos sobre Camões, em 1863; O senhor António Feliciano de Castilho e o senhor Antero do Quental, Lisboa, 1865, 2.ª edição, 1866; a propósito da questão intitulada do Bom senso e bom gosto, ventilada nesse tempo; Memorias dos vinte anos, fragmento, Lisboa, 1866; a respeito desta obra encontram-se apreciações muito lisonjeiras, por Júlio César Machado e Jacinto Augusto de Freitas Oliveira, em folhetins na Revolução de Setembro, de Novembro de 1867, e por Pinheiro Chagas, no Anuário do Arquivo pitoresco, do referido mês e ano; Primeiros versos, Paris, 1867; António Ferreira, poeta quinhentista, estudos biográfico-literários, seguidos de excertos do mesmo autor, Lisboa, 1875, três volumes; são os tomos XI, XII e XIII da Livraria Clássica; D. Inês de Castro, drama em 5 actos e em verso, Lisboa, 1875; seguido de notas históricas, vindo entre elas uma longa resenha bibliográfica, ou monografia acerca de Inês de Castro; O ermitério, colecção de versos, Lisboa, 1876; Requerimento a sua majestade el-rei pedindo a abolição das touradas em Portugal, Lisboa, 1876; feito e apresentado ao governo em nome da Sociedade Protectora dos Animais; Relatório apresentado à Junta Geral do distrito administrativo de Horta, pelo governador civil, visconde de Castilho, publicado em 1877; Lisboa antiga, Primeira parte, O bairro alto, Lisboa, 1879. Deste volume fez-se nova edição, correcta e acrescentada, em 1903. Segunda parte, Bairros orientais, tomo I e II na Universidade de Coimbra, em 1884; tomos III e IV em 1885; tomo V, 1887; tomo VI, 1889; tomo VII, 1890; Memórias de Castilho, tomo I (de 1800 a 1822); tomo II (de 1822 a 1831); 1881; ficou incompleta, sendo muito depois continuada no jornal O Instituto, de Coimbra; Os últimos trinta anos, por Cesar de Cantu, tradução, Lisboa, 1880; Jesu Cristo, por Luiz Veuillot, tradução, Paris, 1881; O arquipélago dos Açores, Lisboa, 1886; Ilhas Ocidentais do arquipélago açoriano, Lisboa, 1886; Manuelinas, cancioneiro, Lisboa, 1889; Apontamentos para o elogio histórico do ill.mo e ex.mo sr. Inácio de Vilhena Barbosa, lidos na sessão solene da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos portugueses em 10 de maio de 1891, 1 folheto, Lisboa, 1891; A ribeira de Lisboa, descrição histórica da margem do Tejo desde a Madre de Deus até Santos-o-Velho, Lisboa, 1893; D. António da Costa, quadro biográfico-literário, Lisboa, 1895; O cristianismo e o operariado, conferência pronunciada perante a Associação Protectora dos Operários em 27 de abril de 1897, Lisboa, 1897; Elogio histórico do arquitecto Joaquim Possidónio Narciso da Silva, proferido em sessão solene da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos portugueses em 28 de março de 1897, Lisboa, 1897; A mocidade de Gil Vicente, o poeta, quadros da vida portuguesa nos seculos XV e XVI, Lisboa, 1897; Amores de Vieira Lusitano, Lisboa, 1901.

 

 

 

Genealogia de Júlio de Castilho
Geneall.pt

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume II, págs.
910-911

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral