Angeja
            (D. Maria do Carmo de Noronha Camões e Albuquerque, 7.ª
            marquesa de).
             
            
            n.      30 de agosto de 1813.
            f.       15 de julho de 1833.
            
 
            Filha
            única do 6.º marquês, D. João de Noronha Camões de Albuquerque
            e Sousa Moniz, e de sua segunda mulher, D. Juliana da Câmara.
            Foi
            herdeira da casa e títulos de sua mãe, a 7.ª marquesa de Angeja,
            de juro e herdade, em verificação de vida fora da Lei Mental,
            mercê concedida a seu avô, o 4.º marquês de Angeja, pelo decreto
            de 14 de junho de 1801, e de que em virtude de prova perante o
            juízo das justificações, lhe foi confirmado por decreto de 15 de
            abril de 1828, durante o governo absoluto; marquesa parente pelos
            serviços de seu pai, tratamento e honra de que já gozavam seu pai
            e seu avô, por decreto de 11 de agosto de 1827. Era senhora das
            vilas de Angeja, Bemposta e parte da do Pinheiro; e da
            alcaidaria-mor de Vila Verde dos Francos; padroeira de Santa Maria
            de Vila Verde e de S. João da Praça de Lisboa, e da alcaidaria-mor
            de Terena; comendadeira da alcaidaria-mor do Torrão, e da comenda
            de Aljezur, ambas na Ordem de S. Tiago; comendadeira das comendas de
            Santa Maria de Alvarenga, de S. Pedro de Chide, de S. Salvador da
            Ribeira de Pena, de S. Tiago de Penamacor, e de S. Pedro da Veiga de
            Lila, todas na Ordem de Cristo, de que tinha mercê duma vida fora
            da Lei Mental, em cumprimento do decreto já citado, de 14 de Junho
            1801, ficando ainda salva, e por cumprida a mercê de uma outra vida
            fora da Lei Mental, tanto nos títulos como nos bens da coroa e
            ordens que andam na Casa de Angeja, e fora concedida ao 3.º
            marquês D. Pedro José de Noronha, por decreto de 10 de maio de
            1786.
            Nasceu
            no Rio de Janeiro a 30 de agosto de 1813, e faleceu a 15 de julho de
            1833, no estado de solteira. Ficando assim extinta a linha da
            varonia da casa de Angeja, ficou também extinto o direito à
            continuação do título de marquês de Angeja de juro e herdade, e
            à praxe da continuação das honras de parente. O título só foi
            depois concedido em duas vidas a seu primo afastado D. Caetano
            Gaspar de Noronha, 3.º conde de Peniche, em 1870.
            V.
            Angeja (8.º marquês).