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Educado no Seminário dos Nobres de Madrid e na Casa dos Pajens, ingressou no exército
nas Guardas Reais de Infantaria. Em 1793, sendo nomeado tenente coronel num
regimento de reserva pediu um posto de campanha. Tendo entretanto casado com a marquesa de Solano adoptou o
título. Na guerra contra a França, entre 1793 e 1795, participou no sector
Catalão, chegando a marechal de campo, o primeiro posto do
generalato naquela altura. Após a assinatura da paz entre a Espanha e a França serviu como voluntário no Exército francês do Reno, sob
as ordens do general Moreau. Em 1801 comandou a guarda avançada do Exército espanhol que invadiu Portugal sob o comando de Godoy. Tenente-general em 1802, foi nomeado Governador interino de Cádiz e Capitão General da Andalúzia em 1805, tendo-se distinguido no salvamento dos náufragos e na ajuda aos feridos provocados pela batalha de Trafalgar. Em 1807 comandou a Divisão que ocupou o Alentejo e Algarve em nome de Godoy, Príncipe dos Algarves de acordo com o artigo n.º 2 do tratado de Fontainebleau desse ano, tendo estabelecido o seu quartel-general em Setúbal. Regressou a Espanha, em Março de 1808, por ordem de Godoy para preparar ao que se pensa a retirada da família real espanhola para o México. Recebeu em Badajoz a ordem de aclamação do Rei José que acatou, sendo nomeado novamente capitão-general da Andalúzia por Murat. A atitude do marquês do Socorro durante a revolta contra os franceses em Cádiz foi dúbia. Não querendo distribuir armas pela população revoltada, também não quis atacar a frota francesa fundeada na baía. Esta última decisão indignou a população que se dirigiu à sua residência oficial, perseguindo-o pelas ruas da cidade e acabando por o matar.
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