Abel Manta

Abel Manta
Pintor português do séc. XX.

Nasceu em Gouveia, em 12 de Outubro de 1888;
morreu em Lisboa em 9 de Agosto de 1982.

 

Tendo vindo residir para Lisboa em 1904, inscreveu-se em 1908 na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde cursou Pintura. Concluiu o curso em 1915, tendo ganho o 3.º Prémio da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) no ano seguinte. Estabeleceu-se em Paris de 1919 a 1925, tendo aproveitado para viajar pela Europa, visitando sobretudo a Itália, onde se interessou pelos frescos renascentistas. Na capital francesa expôs, em 1921 e 1923, no salão do La Nationale, e frequentou o curso de gravura da Casa Schulemberger.

Tendo regressado a Portugal, realizou em Lisboa uma exposição individual na Galeria Bobone, tornando-se no ano seguinte professor de Artes Decorativas no Ensino Técnico, e professor da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) em 1934. Participou na decoração de alguns pavilhões de Portugal em exposições internacionais, realizadas na década de 30 - em 1929 o Pavilhão de Portugal na Exposição de Sevilha, em 1931 e 1937 o pavilhão nas Exposições de Paris.

Obteve o prémio Silva Porto do S.N.I. em 1942 e, em 1949, a primeira medalha da SNBA em Pintura.

Concorreu a várias exposições colectivas, como a 25.ª Bienal de Veneza (1950), a 3.ª Bienal de São Paulo (1955) e, em 1957, à 1.ª Exposição de Artes Plásticas da Fundação Gulbenkian, tendo ganho o Prémio de Pintura. Dois anos depois participou na Exposição Internacional de Bruxelas.

Pintou os retratos de Aquilino Ribeiro, Paiva Couceiro, Bento de Jesus Caraça, entre outros, quadros que se caracterizam pela densidade expressiva. Noutro género, as suas paisagens notáveis pela frescura da cor e pela impressão de realidade. O seu estilo é sóbrio e incisivo, utilizando um colorido vigoroso.

Em 1965 a SNBA realizou uma exposição retrospectiva da obra de Abel Manta. Em 1979 foi condecorado com uma comenda da Ordem de Sant'Iago da Espada, tendo morrido em Lisboa em 1982.

Tinha casado em 1927 com a pintora Clementina Carneiro de Moura, tendo havido um filho do matrimónio, o arquitecto e «cartoonista» João Abel Manta.


Fontes:
Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - Verbo; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira

 

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